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Opinião
VII FÓRUM DE PROPRIETÁRIOS DE LABORATÓRIOS
acompanhar de perto todas as ocorrências que surgirem durante a caminhada da RDC
Dr. Irineu Grinberg 302 para 786. Segundo suas palavras havia uma necessidade extrema de padronização
Ex-Presidente da SBAC fiscal e sem desmontar as ações de urgência criadas durante a pandemia. Era um
Diretor da Lab Farm Consult momento em que nada poderia ser realizado, sob pena de até retrocesso. Falou também
irineugrinberg@gmail.com
que o tema de inclusão das farmácias no processo foi extremamente “vilanizado”,
porém haveria uma grande demanda para acesso aos testes rápidos.
Reconhece ainda que que a ANVISA não tem ou não sabe qual o impacto nessa
O Fórum de Proprietários de Laboratórios de Análises Clínicas, programação já norma na saúde suplementar, embora que na, agência oficial de Saúde, existam setores
tradicional nos recentes congressos da SBAC chegou à sua 7ª edição. de impactos regulatórios. Entretanto, fica a impressão de que aumentará a procura por
Esse evento, sempre realizado ao início dos trabalhos, dirige sistematicamente sua Laboratórios Clínicos.
apresentação a proprietários ou gestores de estabelecimentos laboratoriais. Falou, também, que defendeu de forma direta o papel central dos Laboratórios e
Neste ano, não poderia ser de outra forma, a escolha do tema foi a despedida da que teria sido criticado ao dificultar o acesso aos testes. Citou que o “rabo não pode
RDC 302, transformada em RDC 786, a partir de 01 de agosto deste ano. Ou seja, balançar o cachorro” ao fazer uma analogia aos papeis exercidos pelos laboratórios e
logo ali. pelas farmácias.
Não poderia ser mais expressiva e abrangente a relação, e titulação dos profissionais Observou, também, estar feliz e satisfeito com o fortalecimento do diálogo, porém
que compuseram a mesa de apresentação. Estiveram presentes as entidades mais existe muito trabalho pela frente. Ninguém conhece mais que vocês o que realizam. E
representativas do segmento laboratorial do país, bem como do setor público, também o resultado, finalmente, virá quando soubermos que o número de análises aumentou
as mais importantes: ou diminuiu.
A SBPC, através de seu Presidente Dr. Fábio Brazão. Foi importante, também a participação do Dr. Pedro Eduardo Almeida da Silva,
A ABRAMED, através de seu Presidente Dr.Wilson Shcolnik. que representou na reunião o Ministério da Saúde. Ao expressar suas opiniões, falou
O Diretor da 3ª Diretoria Colegiada da ANVISA, Dr. Alex Machado Campos, ex- que cada exemplar de TLP somente poderia ter sua liberação concedida ao uso, após
chefe do gabinete do Ministério da Saúde ao tempo do Dr. Luiz Henrique Mandetta. exaustivos testes realizados, de forma individual e somente após aprovadas suas
Dr. Pedro Eduardo Almeida da Silva, Farmacêutico Bioquímico, Diretor do eficiências, serem oferecidos para a venda.
Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância Sanitária em Saúde e Ambiente Não sobram dúvidas que o ambiente laboratorial vai mudar de forma significativa.
do Ministério da Saúde. As entidades que representam os Laboratórios de Análises Clínicas, presentes
Dra. Lenira Silva Costa, Vice Presidente do Conselho Federal de Farmácia. a este encontro e também as demais são categóricas em afirmar que, fora dos
Dr. Carlos Eduardo Gouvea, Presidente Executivo da CBDL. Laboratórios, não existe segurança possível a ser oferecida.
Dr. Luiz Fernando Barcelos, Diretor executivo da SBAC, entidade anfitriã e Qual a garantia de resultado correto ao ser examinada uma gota de sangue TOTAL
coordenador dos Trabalhos. numa tira reagente. Com que instrumento esta gota foi “pingada”? Qual a garantia de
Como é do total conhecimento dos colegas, os setores laboratoriais foram que gotas do mesmo volume de sangue ou urina serão colocadas no local de reação?
divididos em três categorias, cada uma delas com suas finalidades e atribuições: Para qual volume de sangue ou urina a almofada do teste reage produzindo cor, ou
Serviço tipo I – farmácias e consultórios isolados; traços?
Serviço tipo II – postos de coleta; O Laboratório Clínico trabalha com instrumentos calibrados, controle de
Serviço tipo III laboratórios clínicos, laboratórios de apoio e de anatomia qualidade interna e externa. A grande maioria dos testes são realizados em soro ou
patológica. plasma sanguíneos. O sangue é centrifugado previamente. Gotas de sangue não são
Caberão às Vigilâncias Sanitárias a exigência de garantia dos serviços laboratoriais centrifugáveis, pelo menos em centrífugas convencionais.
prestados pelos Estabelecimentos de Saúde, que têm em seu rol de atividades a - Laboratórios de Análises Clínicas tem, de modo obrigatório, sua qualidade
execução de procedimentos laboratoriais. Aos Conselhos de Classe o registro e a regulada pelo controle interno e externo e mensalmente são avaliados.
fiscalização da atividade dos profissionais habilitados. - Laboratórios de Análises Clínicas atendem às solicitações de todos os analitos,
Os setores industriais, responsáveis pela fabricação dos produtos utilizados com resultados dos exames e valores de referência.
em diagnóstico clínico laboratorial deverão garantir suas qualificações. Todos os - Laboratórios de Análises Clínicas atendem seus clientes mediante solicitação
produtos à venda, mesmo os enquadráveis na categoria testes rápidos ou point of médica.
care, deverão ter suas qualidades e eficiências comprovadas e, obrigatoriamente, O crescimento da Ciência Laboratorial é vertiginoso. Não pode existir comparação
registrados na ANVISA com industrialização e distribuição enquadradas segundo as com testes comuns. Aqueles que alguns estabelecimentos farmacêuticos e postos de
“boas práticas de fabricação”. enfermagem tentam oferecer aos seus clientes.
Nos estabelecimentos do tipo I os testes realizados não podem ser considerados Serão, em termos comerciais, equiparados aos demais artigos comercializados,
exames para diagnósticos, nem utilizados em pacientes com finalidades clínicas. tais como sorvetes, perfumes, ornamentos e outras bijouterias.
Serão apenas realizados para a triagem das condições do paciente, objetivando um Nossa população tem sérias dificuldades para conseguir tratamento, para quaisquer
imediato encaminhamento a uma instância resolutiva, caso necessário. enfermidades. Não podem deixar o pouco que lhes resta em estabelecimentos
Todos os serviços realizados em estabelecimento dos tipos I e II deverão ser farmacêuticos, ao atender a sugestões de balconistas de farmácias ou similares.
executados por profissional habilitado, com capacidade de interpretação e apto a dar As diferenças de valores em exames laboratoriais, para TLPs realizados em outros
encaminhamento para locais com maiores qualificações para o atendimento. estabelecimentos, também indicam este caminho.
Com base nas definições acima citadas ocorreram todas as manifestações por Os Sistemas de Saúde em todas as suas vias, buscam eficiência e garantia da
parte dos participantes do fórum. Algumas delas não deverão ser esquecidas, pois qualidade. Não podemos orientar nossos caminhos para direções contrárias.
foram proferidas pelos representantes das entidades públicas presentes ao Fórum. Cabem nossos agradecimentos à Presidente da SBAC, Dra. Maria Elizabeth
O Dr. Alex Machado Campos, da ANVISA, fez o primeiro pronunciamento logo Menezes, que não mediu esforços para a organização e realização do 7° Fórum dos
após a abertura do evento. Segundo suas palavras, o maior desafio da entidade será Proprietários dos Laboratórios de Análises Clínicas.
alerta
A identificação tardia do câncer ósseo pode acelerar
agravamento da doença
Na conscientização do câncer ósseo, o ortopedista oncológico do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Rafael
Pinheiro, faz um alerta à população sobre os sinais e os sintomas da doença. De acordo com dados do Instituto, o câncer ósseo representa 2%
de todos os tipos de câncer do Brasil, sendo que 10% dos pacientes oncológicos apresentam metástase óssea em algum estágio da doença.
“O tumor é altamente agressivo e atinge os ossos das pernas, braços e coluna. Na fase mais adiantada, geralmente, acomete os pulmões em
decorrência de metástase”
O osteossarcoma é o tipo mais comum de tumor ósseo maligno primário, atingindo com mais frequência crianças, adolescentes e jovens
adultos. Geralmente ocorre em ossos longos, como fêmur, ossos dos braços e da pelve.
Acesse a entrevista completa: https://we.tl/t-lFhPfzX6vG
www.apexagencia.com.br
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